Cinco Cavaleiros do Apocalipse? Ou Quatro?

Examinando recentemente um dos livros antigos publicados pela Torre de Vigia, notei algo que logo à primeira leitura me chamou a atenção. Trata-se da quantidade de cavalos e cavaleiros vistos no capítulo 6 do livro bíblico de Apocalipse.

Primeiramente, veja a parte final do relato do livro de Apocalipse, segundo a própria Tradução do Novo Mundo:

"E eu vi, e eis um cavalo descorado; e o que estava sentado nele tinha o nome de Morte. E o Hades seguia-o de perto. E foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com uma longa espada, e com escassez de víveres, e com praga mortífera, e pelas feras da terra." Revelação 6:8

Agora, note o que diz aquela publicação:

"Desde 1914, a escassez de víveres ou as fomes tem afetado duas vezes tantas pessoas como nos 900 anos anteriores. A Bíblia disse que isto aconteceria no "tempo do fim". Apocalipse, capítulo 6, fala-nos de cinco cavalos e de cinco cavaleiros. É importante que saibamos o que êstes cavaleiros significam."
Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, pág.182, par.20


A Torre aparentemente fez uma recontagem dos cavalos e cavaleiros de Apocalipse, pois o "entendimento" atual não é mais este. Hoje a Torre ensina aquilo que a "Cristandade iníqua" já ensinava há séculos, a saber, que trata-se de quatro cavalos e quatro cavaleiros.

Mas talvez você se pergunte qual é a importância disso, uma vez que parece ser algo tão insignificante.

Bem, para a Torre isso talvez não fosse algo tão sem importância assim, uma vez que ela deliberadamente preferia contrariar o que é de aceitação geral, de que trata-se de quatro, não de cinco cavalos e cavaleiros.

Mas o mais importante é a maneira como a Torre tenta se livrar de conceitos errôneos que ela mesma forma. Veja, por exemplo, como ela tenta explicar a mudança de entendimento dessa passagem bíblica, numa A Sentinela, debaixo do sub-título "Houve um Quinto Cavalo?":

"Revelação 6:8 diz: “E eu vi, e eis um cavalo descorado; e o que estava sentado nele tinha o nome de Morte. E o Hades seguia-o de perto.” À base disto, alguns têm sugerido que, visto que os primeiros quatro personagens mencionados estão montados em cavalos, não estaria o quinto também montado num cavalo? A Bíblia não diz isto."A Sentinela de 1 de Janeiro de 1986, pág.7, sob artigo "A solução do mistério dos cavaleiros" (grifo acrescentado)


É triste ver esse tipo de desonestidade por parte de uma organização religiosa. Nenhuma testemunha-de-jeová individual 'sugeriu' coisa alguma; foi a própria Torre de Vigia/Corpo Governante quem ensinou durante décadas que tratava-se de cinco cavalos.

A Torre de Vigia ensina que devemos ser humildes e reconhecer os nossos erros, inclusive apontando para o exemplo de candura dos escritores bíblicos que prontamente reconheceram suas falhas e as registraram por escrito. Mas como é difícil para o Corpo Governante praticar o que eles próprios ensinam! É como Jesus disse:

"Portanto, todas as coisas que eles vos dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois dizem, mas não realizam."
Mateus 23:3


Apesar de a Torre dizer, na Sentinela de 1 de Julho de 1980, pág.32, que "não há necessidade para ser dogmático sobre se o Hades montava um quinto cavalo ou não", dando a impressão de tolerância, se você vivesse nos anos anteriores à mudança e ensinasse publicamente que trata-se de quatro cavalos, você certamente seria repreendido e talvez expulso da organização se não se endireitasse dessa "heresia".

Portanto, leitor, se você for uma TJ, preste atenção e não erre nas contas: agora são quatro, não cinco!

"As Testemunhas de Jeová, os Aniversários e as Alianças de Casamento"


A Sociedade cita o cardeal católico John Henry Newman (livros: "Revelação - Seu Grandioso Clímax está Próximo!, " pág. 236, rodapé e "Caiu Babilônia , a Grande", páginas 36 e 37) dizendo que vários usos e costumes pagãos foram adotados pela Igreja Católica, entre eles a aliança de casamento. Alega a Sociedade, como razão para proibir as festas de aniversário, a origem pagã do costume. Como todos nós já sabemos, ela destaca o fato de que os dois únicos aniversários que a Bíblia menciona são de pagãos, o Faraó do Egito (Gen. 40:20) e o rei Herodes (Mat. 14:6).

O mero fato, porém, de que pagãos adotavam um certo costume não significa que hoje ele esteja proibido para nós. Jacó e José, por exemplo, eram servos de Jeová, mas quando Jacó faleceu José mandou embalsamá-lo (segundo costume dos egípcios pagãos), e mais tarde o próprio José foi embalsamado. (Gênesis 50:2,3,26)

Por outro lado, em parte alguma da Bíblia se proíbe a comemoração de aniversários. A principal razão apresentada é que os Judeus e os primitivos cristãos não tinham o costume de celebrá-los. Seria isso razão suficiente para que os cristãos não os celebrassem atualmente? A Sentinela 1 de setembro de 1992, pág. 30, admite que:


"Costumes que outrora eram de natureza religiosa já não o são em muitos lugares. A aliança, por exemplo, outrora tinha significado religioso, mas hoje em dia já não o tem na maioria dos lugares. Por isso, muitos cristãos verdadeiros aceitam o costume local de usar aliança como evidência de estarem casados".
E prossegue dizendo A Sentinela: "... o que geralmente conta é se atualmente o costume em questão está vinculado com a religião falsa".

Bem, se é isso o que conta, na nossa região e até onde nós sabemos na maior parte do mundo, ninguém relaciona festa de aniversário com religião de qualquer espécie. É só interrogar qualquer pessoa comum sobre o assunto. Toda TJ que dirige estudos domiciliares com pessoas de fora, sabe que elas ficam surpresas quando informadas que a Sociedade condena os aniversários como sendo de origem pagã. E nem sempre é fácil convencê-las disso, pois elas não conseguem associar aniversários com religião.

Além disso, como acabamos de ver, a Sociedade admite o uso das alianças (também de origem pagã) hoje em dia. Agora, pare e pense: o que parece ter mais significado religioso atualmente, a troca de alianças de casamento ou a festa de aniversário? Qual das duas costuma ocorrer numa igreja ou edifício religioso? Qual das duas costuma contar com a participação de um clérigo ou sacerdote? A resposta parece bem clara.

Uma simples opinião humana (provavelmente a de Joseph Rutherford, nos anos 20) decretou o aniversário como proibido e a aliança como lícita. Sendo as duas coisas de origem pagã, é pura incoerência proibir uma enquanto se libera a outra.

Adicionalmente, A Sentinela de 1 de abril de 1993, pág. 4, nos informa que o batismo também tem origem pagã, e era usado em Babilônia e no Egito em conexão com crenças supersticiosas, e nem por isso deixou de ser praticado por João Batista (bem antes de ser ordenado por Jesus em Mat. 28:19), pelos discípulos de Cristo e por toda a comunidade cristã do primeiro século, que o adotaram com uma motivação inteiramente diferente da dos pagãos.

Resta o argumento de que as festas de aniversário dão "atenção especial a pessoas imperfeitas" (livro "Conhecimento", pág. 126, par. 17 e Brochura "Escola", página 18). Mas as únicas coisas que só podemos render exclusivamente a Jeová são adoração e devoção exclusiva (Êxo. 20:4). Podemos corretamente render homenagem (ou honra), atenção, amor e carinho a outros seres humanos.

Veja os textos abaixo:

Romanos 12:10:

"Em amor fraternal, tende terna afeição uns para com os outros. Tomai a dianteira em DAR HONRA uns aos outros".

Romanos 13:7:

"Rendei a todos o que lhes é devido... a quem exigir HONRA, tal H0NRA".

Mateus 2:11:

"E, ao entrarem na casa, viram a criancinha com Maria, sua mãe, e prostrando-se, PRESTARAM-LHE HOMENAGEM".

Lucas 24:52:

"E prestaram-lhe HOMENAGEM e voltaram para Jerusalém com grande alegria".

Revelação 3:9:

"Eis que darei os da sinagoga de Satanás, que se dizem judeus, e que não são, mas estão mentindo - eis que os farei vir e prestar HOMENAGEM diante dos teus pés..."

Honra ou homenagem, como vimos, podem ser corretamente prestadas a seres humanos. Isto é o que se faz nas festas de aniversário.

E o que são as festas de casamento, as festas de despedidas de irmãos (tão comuns entre as TJ), as festas de aniversário de casamento e as festas de formatura e Doutor do ABC, senão ocasiões em que pessoas imperfeitas recebem "atenção especial", com direito a fotos, presentes, música e discursos, tal como nas festas de aniversário? Por que o Corpo Governante não condena tais celebrações que incluem tanta "atenção especial a pessoas imperfeitas"? Mais uma grande incoerência!

Em conclusão, apanhe um exemplar de A Sentinela de 1 de julho de 1979, e você verá uma edição comemorativa do centésimo aniversário da revista. Talvez seja também uma simples opinião humana que o aniversário de uma "pessoa imperfeita" não seja apropriado para se comemorar enquanto o de uma revista o seja.

*William Gadêlha

"Novas Verdades?"

Visto que A Torre de Vigia ordenou seus seguidores a "evitar pensamentos independentes... questionando o conselho que é providenciado pela organização visível de Deus" (15 de Janeiro, 1983, página 22), qualquer discussão livre terá de se originar de fora -- primeiramente daqueles que deixaram a organização.

David A. Reed (foto), editor de Comments from the Friends (Comentários dos amigos) começou a estudar com as Testemunhas de Jeová no verão de 1968 e foi batizado na assembléia de circuito em Plymouth, Massachesetts (EUA), no começo de 1969. Ele serviu dois anos como um pioneiro (ministro de porta-em-porta em tempo integral) e oito anos como ancião. Em 1971 ele casou com Penni Scaggs de Coldwater, Michigan, que tinha crescido na organização e também fazia serviço de pioneira.

Naquela época David e Penni perceberam que algumas "novas verdades" sendo introduzidas nas publicações da Sociedade Torre de Vigia era na verdade ensinamentos que tinham sido abandonados alguns anos antes como errôneos. Agora a sociedade estava retomando estes mesmos ensinamentos, no entanto apresentado-os como algo novo. Isto levou o David a fazer uma séria pesquisa nas publicações da Sociedade -- onde ele encontrou ainda mais exemplos aberrantes de idéias com ida-e-volta, falsas profecias, doutrinas anti-bíblicas e encobrimentos indecentes.

Enquanto isso, leituras bíblicas pessoais que David and Penni tinham iniciado com o objetivo de se tornarem melhores Testemunhas de Jeová, começou a convence-los de que eles deviam ser discipulos de Jesus Cristo ao invés de seguidores inquestionáveis de uma organização humana excêntrica.

Depois que David usou um discurso de instrução na reunião da quinta à noite para encorajar a congregação a colocar a leitura bíblica acima do estudo das publicações da Sociedade, ele foi removido da lista de discursantes. Aqueles que conduziam as reuniões até mesmo pararam de chamar os Reed durante as sessões de perguntas e respostas com participação da audiência. Então, em Dezembro de 1981, David começou a publicar o Comments from the Friends por debaixo do pano, enquanto ainda com uma reputação de boa Testemunha. Em uma questão de meses ele foi colocado abaixo de inquisição e dessassociado por publicar o periódico, visto que liberdade de imprensa não existe entre as Testemunhas de Jeová.

Reed continuou a publicar Comments from the Friends e desde então foi autor de uma dúzia de livros, incluindo:

Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo por Versículo

Como Resgatar sua Pessoa Querida da Torre de Vigia (em inglês)

Refutando as Testemunhas de Jeová Assunto por Assunto (em inglês) todos da editora Baker Book House

e o primeiro livro de capa dura sobre Testemunhas de Jeová depois de décadas por uma das principais editoras seculares dos Estados Unidos, SANGUE NO ALTAR: Confissões de um Minístro das Testemunhas de Jeová lançado em 1996 pela Prometheus Books.

O Mediador das TJ's

Todo cristão sabe o que a bíblia diz em 1 Timoteo 2:5: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem".
Esta passagem é bem clara, indiscutível. Somente ela serve de base para dizermos que Jesus Cristo é de fato o mediador entre Deus e todos os homens. Há ainda outros textos bastante interessantes:

Hebreus 9:28 "assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação", ou quem sabe:

1 João 2:1 "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo".

Advogado, mediador, intercessor. Estes são os papeis que Cristo desempenha perante Deus para cada homem vivo neste planeta. Ele morreu por todos nós, e quer que todos sejamos salvos. Ele ama a cada um individualmente, mesmo aqueles que ainda não creem Nele como seu Salvador e aquele que redimiu sua vida perante o Pai celestial. Portanto, nestas passagens e em muitas outras, o assunto fica bem claro, sem espaço para outras interpretações. Porém, será que é mesmo assim que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová pensam a respeito do papel mediador de Cristo ? A resposta, para nossa inteira surpresa é: NÃO! A Sociedade Torre de Vigia (STV) afirma categoricamente que Jesus NÃO É O MEDIADOR entre Deus e toda a humanidade. Dizem que ele é meramente o mediador do pacto que foi celebrado somente para os 144.000. É exatamente assim que os homens que dirigem todas as Testemunha de Jeová no mundo pensam. Creio que muitos que são testemunhas de Jeová não sabem deste fato (eu mesmo não sabia). E como isso é triste de ser lido. Eu tenho profunda tristeza em ler afirmações como a que vou descrever aos leitores logo abaixo. Como isto contrasta com textos como os que acabamos de citar acima. Somente a frase de 1 Timóteo 2:5 de um "só mediador entre Deus e os homens" não dá margem para uma outra intepretação. A Sociedade se baseia em Hebreus 8:6, Hebreus 9:15 e Hebreus 12:24 para dizer que ele é mediador apenas do pacto. De fato ele é o mediador do pacto, mas também é o mediador entre Deus e os homens. Tem vários outros textos que fala de Cristo como nosso intercessor, advogado e tantas outras coisas, mostrando que ele de fato intermedia por nós ao Pai. Isto está claro como cristal e a Sociedade faz ginástica teológica para ensinar o contrário.

EIS os Artigos da STV afirmando que Cristo NÃO é o mediador entre Deus e Toda a humanidade, mas só mediador de um novo pacto entre Deus e o grupo de elite de 144.000 "ungidos" da Torre de Vigia.

* A sentinela 15/08/1989 (Páginas 30-31) - "Claramente, pois, o novo pacto não é um arranjo livre, aberto a toda a humanidade. Trata-se duma cuidadosamente providenciada provisão legal envolvendo Deus e os cristãos ungidos."

* A Sentinela 15/02/1991 (Página 17 - em especial parágrafo 8) - "Assim, o sacrifício de resgate é fundamental para o novo pacto, do qual Jesus é o Mediador. Paulo escreveu: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e homens, um homem, Cristo Jesus, o qual se entregou como resgate correspondente por todos — isto é o que se há de testemunhar nos seus próprios tempos específicos.” (1 Timóteo 2:5, 6) Estas palavras aplicam-se em especial aos 144.000, com quem o novo pacto é feito."

* A Sentinela 01/01/1993 (Página 5) - "De modo que este homem, Cristo Jesus, foi o primeiro duma nova criação, ungido para fazer a vontade de Deus. Mais tarde, à base da sua morte sacrificial, Jesus tornou-se o Mediador dum novo pacto entre Deus e um grupo seleto de homens".

Este "seleto grupo de homens" no caso aqui são os 144.000. Pois, na visão da Sociedade, a grande multidão depende dos 144.000 para serem intermediados por Cristo. E isto na verdade, significa que eles é quem são os intercessores das Testemunha de Jeová perante Cristo. Aqueles que tem acesso as publicações da Torre de Vigia devem pesquisar bem o assunto para verem que é exatamente assim que a Sociedade pensa a respeito do assunto. E de fato a intecessora da "grande multidão" é a Organização, composta pelos 144.000, o "seleto grupo de homens". Cristo não é para você, é o que a Sociedade quer advogar. Isto é algo muito sério.

Para fechar estas pequenas referências, o Livro Segurança Mundial Sob o Príncipe da Paz (página 10) diz:
"Do mesmo modo, o Moisés Maior, Jesus Cristo, não é o Mediador entre Jeová Deus e toda a humanidade. Ele é o Mediador entre seu Pai celestial, Jeová Deus, e a nação do Israel espiritual, que está limitado a 144.000 membros."

Vocês pode até pensar que, por este livro ser antigo, talvez uma "nova luz" tenha surgido para mudar este conceito. Para tirar esta dúvida, os artigos de A Sentinela de 1989, 1991 e 1993, que são bem recentes, tem o conteúdo bastante similar ao mostrado acima. Portanto, esta ainda é a maneira como a Sociedade vê a questão. Sugiro que o leitor também dê uma olhada no Estudo Perspicaz das Escrituras (publicado pela STV), sob o tópico "Mediador", onde você poderá ver mais algumas explicações do "escravo fiel e discreto" (o corpo governante das TJ's).

Então, da próxima vez que alguém lhe perguntar ou afirmar que na concepção das Testemunhas Cristo é o mediador entre elas e Deus, você sabe não é bem assim. Cristo é o mediador apenas dos 144.000 "ungidos" da Torre de Vigia que vão para o céu. As outras ovelhas (a vasta maioria das TJ's vivas) dependem dos 144.000 (que hoje chegam a uns 8.000 vivos) e consequentemente da organização para serem salvos.

Que os fatos aqui apresentados vos ajudem a perceber que a Sociedade tem de fato desencaminhado das pessoas o único mediador (Jesus) e tem assumido presunçosamente este papel, colocando em perigo espiritual a vida de mais de 5 milhões de pessoas.

*Irmão Brasileiro
CORPO GOVERNANTE - O MEDIADOR

A Sentinela 1/10/87, página 10

Aparentemente não vemos nenhum traço estranho, ou fusão de imagens. A mensagem está mesmo na apresentação do desenho.

Note que as mãos celestiais que representam a Jeová seguram a sede mundial das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, EUA, e dela jorra uma chuva de publicações que caem sobre o Salão do Reino (templo das TJs). A seguir, um grupo de alegres Testemunhas sai à rua com suas pastas para a divulgação de suas mensagens.

Mas vamos fazer uma releitura desta figura subliminar:

a) Na figura apresentada, podemos ver três elementos básicos: Jeová (as mãos), a Associação Cristã das Testemunhas de Jeová (os prédios) e as Testemunhas saindo do Salão do Reino.

b) e, como elemento secundário, há várias literaturas, entre elas a Bíblia e a revista A Sentinela.

Como sabemos, só há um mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo (1 Timóteo 2:5); mas onde Jesus aparece nessa mediação? Note que os prédios (a ACTJ) ocupam a posição que seria de Jesus. Deste modo as Testemunhas de Jeová são mediadas pela ACTJ, e não por Jesus!

Outra coisa curiosa é a posição ocupada pela revista A Sentinela. Veja que ela é a primeira a cair das "comportas dos céus" sobre o Salão do Reino, sendo seguida pela revista Despertai! e outra publicação da Torre de Vigia, para depois vir o que parece ser a Bíblia - ou não. Deste modo percebemos a superioridade das revistas A Sentinela e Despertai! sobre a própria Bíblia.

Contudo há algo mais nessa figura: veja que o homem à frente do grupo leva a revista A Sentinela em sua mão esquerda, enquanto a sua mão direita está dentro do bolso da calça. Todo o restante do grupo também usa a mão esquerda para levar as pastas de publicações; contudo, podemos ver em quarto plano um homem segurando uma Bíblia com sua mão direita. Então, se levarmos em conta que as TJs evitam transportar suas Bíblias à mostra do público, isto talvez queira sugerir alguma coisa:

1º) O lado esquerdo é usado como elemento místico entre os esotéricos. (Compare Mateus 25:32, 33)

2º) O homem que leva a Bíblia em sua mão direita é negro, e está em 4º plano em relação ao homem branco que está à frente com A Sentinela em sua mão esquerda; isto tudo pode sugerir que a Bíblia é de somenos importância para a ACTJ que coloca a revista A Sentinela como base das suas doutrinas. A cor da pele do homem que carrega a Bíblia também pode sugerir duas interpretações. Primeiro, como já foi dito, uma posição inferior (uma alusão ao racismo); ou, se analisarmos por uma corrente mística, a palavra negro significaria conhecimento (fhm, em árabe).

Agradecimentos a Hélio Eduardo de Souza

Para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus, e que não há outro.

João 1:1

No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Até por volta de 1950, as testemunhas de Jeová levavam consigo uma cópia da versão mais tradicional da Bíblia (porque ela enfatiza o nome Jeová por todo o Antigo Testamento). Mas enfrentavam o embaraçoso problema de tentar negar a divindade de Cristo, enquanto a Bíblia que tinham em mãos dizia claramente que "o Verbo era Deus". Este problema foi resolvido quando a Sociedade Torre de Vigia publicou sua própria Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Agora, quando os cristãos mencionam João 1:1 para as testemunhas de Jeová, elas podem responder, "isto não está na minha Biblia!" Pois podem se dirigir a João 1:1, na sua própria tradução, e ler "...A Palavra era [um] deus".

Reduzindo Jesus Cristo a "um deus", as testemunhas o colocam entre os "muitos deuses" e muitos "senhores" de 1 Coríntios 8:5 ‑ no mesmo nível de Satanás, "o deus deste sistema de coisas" (II Cor.4:4, Tradução do Novo Mundo).

A Sociedade Torre de Vigia apresenta a Tradução do Novo Mundo como o trabalho anônimo da Comissão de Tradução da Bíblia Novo Mundo ‑ e resiste a todos os esforços para identificar os membros da comissão. Dizem que fazem isto para que todo o crédito do trabalho vá para Deus. Mas um observador imparcial logo notará que tal anonimato também protege o tradutor de qualquer culpa pelos erros ou distorções em suas traduções. E evita que os eruditos verifiquem suas credenciais. De fato, aqueles que deixaram a sede administrativa da Sociedade Torre de Vigia nos últimos anos identificaram os supostos membros da comissão, revelando que nenhum deles era perito em hebraico, grego ou aramaico ‑ os idiomas originais dos quais a Bíblia deve ser traduzida.

Por muitos anos, as Testemunhas de Jeová se basearam na tra-dução de O Novo Testamento (1937) de Johannes Greber, uma vez que Greber também traduziu "...a Palavra era um deus". As publicações da Sociedade Torre de Vigia mencionavam ou citavam Greber para apoiar estas e outras traduções, como se segue:

Aid to Bible Understanding (Ajuda Para a Compreensão da Bíblia) (1969), p. 1.134 e 1.669.

Mke Sure of All Things ‑ Hold Fast to What Is Fine (Certi-ficai‑vos de Todas as Coisas ‑ Apegai‑vos ao Bem) (1965), p.489, edição norte‑americana.

A Sentinela, 15/09/62, página 554 (edição norte‑americana)
A Sentinela, 15/10/75, página 640 (edição norte‑americana)
A Sentinela, 15/04/76, página 231 (edição norte‑americana)

"The Word" ‑ Who Is He? According To John (1962) (O Verbo ‑ Quem É Ele? Segundo João (1962) página 5.

Entretanto, depois que as ex‑testemunhas deram considerável publicidade ao fato de que Greber era espírita e que declarava que os espíritos lhe mostravam que palavras usar em suas traduções, A Sentinela (01/04/83) ‑ edição norte‑americana ‑ declarou na página 31:

Esta tradução foi usada ocasionalmente em apoio à interpretação de Mateus 27: 52,53 e João 1:1, como apresentada na Tradução do Novo Mundo e outras versões bem fundamentadas da Bíblia. Mas como indicado em um prefácio da edição de 1980 de O Novo Testamento por Johannes Greber, este tradutor recorria ao "Mundo Espiritual de Deus" para o esclarecer sobre como deveria traduzir as passagens difíceis. É enunciado que: "Sua esposa, uma médium do Mundo Espiritual de Deus, era freqüentemente o instrumento usado para trazer as respostas corretas dos mensageiros de Deus ao Pastor Greber". A Sentinela considerou impróprio fazer uso de uma tradução que tenha uma descrição tão similar ao espiritismo (Deut.18:10‑22). A sabedoria que forma a base para a explicação do texto acima mencionado na Tradução do Novo Mundo é sólida e por esta razão não depende absolutamente da tradução de Greber para sua consolidação. Nada se perde, portanto, ao parar de usar seu Novo Testamento.

Desta forma, parecia que a Sociedade só então havia descoberto as conexões espíritas de Greber e imediatamente se arrependia de tê-lo usado como base. Entretanto, isto também foi um engodo ‑ porque a Sociedade Torre de Vigia já sabia das práticas espíritas de Greber desde 1956. A Sentinela, (edição norte‑americana) de 15/02/1956, contém quase uma página inteira escrita para alertar os leitores contra Johannes Greber e sua tradução. Esta se refere ao seu livro intitulado Communication with the Spirit - World: Its Laws and Its Purpose (Comunicação com o Mundo Espiritual: Suas Leis e Seus Propósitos) e declara: "Obviamente os espíritos nos quais o ex‑pastor Greber acredita o ajudaram em suas traduções" (A Sentinela, edição norte‑americana, 15/02/56, p.111). Com exceção do Novo Testamento de Greber e a tradução distorcida da Sociedade Torre de Vigia, outras traduções da Bíblia são quase unânimes em traduzir João 1:1 como "...a Palavra era Deus". E isto condiz com a declaração feita pelo apóstolo Tomé, também encontrada no Evangelho de João, chamando Jesus de "Senhor meu, e Deus meu!" (João 20:28). A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová ainda chama Jesus de "Deus" em João 20:28 e Isaías9:6.

De fato, sua Tradução Interlinear do Reino revela que no original grego é dito literalmente que Jesus é "o Deus" (HO THEOS) em João 20:28.

Qualquer um que acredita que o Pai é Deus, enquanto o Filho é "um deus" deveria ler Isaías 43 e 44, onde a palavra inspirada rejeita tal noção: "...antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador ... ...Acaso há outro Deus além de mim? Não, não há Rocha; não conheço nenhuma" (Is. 43:10,11, 44:8, destaques acrescentados)

"A Bíblia Que as Testemunhas de Jeová Usam"


Os cristãos que se envolvem em discussões com as testemunhas de Jeová devem estar cientes de que a assim chamada "Bíblia" que as testemunhas de Jeová usam contém uma série de modificações introduzidas ao texto com o único propósito de sustentar as doutrinas da Torre de Vigia.

O apóstolo Pedro disse a respeito das cartas inspiradas de Paulo que "nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras..." (II Ped. 3:16). Freqüentemente, tal torcer das Escrituras é limitado à sua interpretação e isso foi feito pela Sociedade Torre de Vigia por três quartos de século. Ela publicou cópias das versões da Bíblia, que mencionam o nome "Jeová" no Antigo Testamento, junto com instruções detalhadas sobre como fazer com que as Escrituras parecessem ensinar que Deus condenou a vacinação, que Abraão e os profetas fiéis seriam ressuscitados para a terra em 1925, que Deus inspirou a Grande Pirâmide do Egito, e assim por diante. Mas havia doutrinas que eram muito difíceis de ser fundamentadas nas versões clássicas da Bíblia, não importando quanta distorção pudesse ser aplicada ao texto.

Assim, durante os anos da década de 50, os líderes da Torre de Vigia foram além da interpretação, produzindo sua própria versão da Bíblia, com centenas de
versos modificados para se ajustarem às doutrinas da Torre de Vigia. E a sua Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas continua a ser modificada com o passar dos anos, com as mudanças feitas para trazer a palavra de Deus a uma conformidade maior com o que a organização ensina.

Por exemplo, ao invés de "cruz", a Tradução do Novo Mundo usa a expressão "estaca de tortura" ‑ para apoiar o ensinamento das testemunhas de Jeová de que Jesus foi pregado em um poste ereto sem trave horizontal. Ao invés de "Espírito Santo", nós achamos referências ao "espírito santo" ou "força ativa", reforçando a negação da deidade e personalidade do Espírito Santo feita pelas testemunhas de Jeová. Cristo fala não da sua segunda volta, mas de sua "presença" (que as testemunhas de Jeová acreditam ser invisível).

A Tradução do Novo Mundo sistematicamente se dispõe a eliminar a evidência da divindade de Cristo. Ao invés de "cair aos pés de Jesus para o adorar" as pessoas faziam "reverência" a ele. João 1:1 não mais afirma que "o Verbo era Deus", mas que "o verbo era deus". Jesus não disse: "Antes que Abraão existisse, eu sou". Mas, para evitar a associação com "EU SOU" de Êxodo 3:14, a declaração de Jesus se torna: "Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido".
Mas a mudança mais difundida na Bíblia da Torre de Vigia é a inserção do nome Jeová 237 vezes no Novo Testamento. É claro que é apropriado um tradutor escolher o nome Jeová ou Yahweh no Antigo Testamento onde o tetragrama YHWH realmente aparece no texto hebraico. Mas a Torre de Vigia foi além inserindo o nome Jeová no Novo Testamento, onde ele não consta nos manuscritos gregos. Basta verificar uma tradução do original dos textos gregos da Bíblia para notar que o nome Jeová não aparece ali.

Para achar exemplos específicos das distorções mencionadas acima, consulte o Índice de Assuntos. Dois casos que se destacam na demonstração da linha doutrinária das Testemunhas de Jeová estão em Romanos 14:8,9 (onde a inserção do nome "Jeová" produz um lógico non sequitur no texto inglês) e Hebreus 1:6 (onde as edições anteriores diziam "E todos os anjos de Deus o adorem", mas em edições mais recentes ‑ especialmente em língua inglesa a palavra "adorem" foi substituída por "reverenciem").

(Para considerações mais detalhadas, veja O Novo Testamento das Testemunhas de Jeová, Robert H. Countess [1982, Presbyterian and Reformed Publishing Co., 136 páginas, editado em inglês]).
*DAVID A. REED

Modificações doutrinárias!


A data de 1935 já era!

A Sociedade Torre de Vigia (STV) dá uma nova guinada em uma de suas antigas posições acerca da chamada celestial: uma "nova luz" colocou fim a data de 1935 como o limite para as pessoas entrarem no céu. Com a nova interpretação, qualquer testemunha pode reivindicar que Jesus Cristo é o seu mediador pessoal, que é nascido de novo, e consequentemente pode tomar do vinho e comer do pão na refeição noturna do Senhor (ceia). Isto pode soar estranho para os cristãos, que obedecem ao mandamento de Cristo de fazer isto "em memória de mim" (Lc 22:19), e que sabem das conseqüências de não tomar parte no pão e no vinho: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos." (Jo 6:53) Entretanto, o número de vagas continua extremamente apertado: segundo a ótica extremamente míope das TJ's, apenas 144.000 pessoas têm direito a tal "privilégio", em contraste absoluto com o que disse o nosso Senhor Jesus: "Na casa de meu Pai há muitas moradas." (Jo 14:2) Por isto, na prática nada muda, senão que os chamados "novos ungidos" - aqueles que supostamente têm o testemunho de que vão para o céu - que surgiram depois de 1935 ficam devidamente "oficializados" em suas posições.

Vejamos a mudança na "A Sentinela" de ' de Maio de 2007 na página 31:

"Sem dúvida, se um ungido cai sem arrependimento, Jeová chama outro indivíduo para tomar o seu lugar. (Romanos 11:17-22) No entanto, o número de ungidos genuínos que se tornaram infiéis não é grande. Por outro lado, com o passar do tempo, alguns cristãos batizados depois de 1935 tiveram nascido o testemunho que eles têm a esperança celestial. (Romanos 8:16,17) Assim, parece que não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado." (Pode haver uma pequena diferença deste texto em relação a edição brasileira, visto que a citação aqui é da edição americana da revista, traduzida pelo Irmão Brasileiro)

Fico imaginando como pode caber na mente das pessoas tal falácia. É notório que o número de cristãos no primeiro século tenha ultrapassado a isto. Somente em Atos dos Apóstolos, vemos as conversões em massa em apenas duas ocasiões. Somente no discurso de Pedro, "agregaram-se quase três mil almas" (At 2:31), e no de Pedro e João perante o sinédrio "ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil." (At 4:4) É notória as conversões numerosas em diversas ocasiões no novo testamento, tendo somente nestes dois exemplos cerca de 8.000 novos cristãos, todos eles "ungidos" segundo a interpretação da STV. Se somente com dois dias diferentes 8.000 pessoas se agregaram a fé, imagine como fervilhava a palavra naqueles dias. É evidente que muito mais de 144.000 pessoas se ajuntaram a cristo naqueles dias dos apóstolos. Imagine ai os tantos outros que supostamente entraram nesta contabilidade louca da STV nos dias do "pastor" Russel e Rutherford. O número de 144.000 já foi amplamente ultrapassado.

Quão fácil seria aceitar a simplicidade da mensagem do evangelho. Quão fácil seria se as TJ's lessem a Bíblia livres das interpretações da Torre de Vigia. Elas veriam que as "duas classes" aparentemente criadas em João 10:16 são os judeus e os gentios, e que eles não teriam esperanças diferentes, pois seriam "um [só] rebanho e um [só] pastor". Assim, a data de 1935 nunca existiu, nem tampouco o limite de vagas no céu. Isto foi invenção de homens quem nem entram no reino dos céus e nem deixam outros entrarem. (Mt 23:13)

Que Deus os abençoe e mostre a verdade e a simplicidade que há em Jesus Cristo (2 Cor 11:3; Jo 14:6).

*Pelo Irmão Brasileiro.

SANGUE NO ALTAR


As Testemunhas de Jeová, na revista Despertai de 22 de Maio de1994, se orgulham de 26 crianças que se sacrificaram (ou foram sacrificadas) em nome de Jeová, ao rejeitarem uma simples transfusão de sangue! Crianças que nem mesmo podiam exercer seus direitos civis, já que eram menores. Crianças que poderiam estar ainda entre nós, vivas, se seus pais não fossem as fanáticas Testemunhas de Jeová. Crianças que não morreriam se tivessem tido a sorte de nascerem no meio de famílias realmente cristãs, que exercem seu livre arbítrio de crer. Crianças que tinham sonhos como outras crianças normais, mas que foram condicionadas a pensar como ‘robôs’, sem vontade própria, atreladas às normas rígidas de uma sociedade que incita o ‘ódio religioso’ àqueles que pensam diferente dela (veja a revista Sentinela de 15/7/1992, p. 9 e 15). Foram vítimas infelizes e prematuras de uma Sociedade de ‘filosofia vã’ que vive mudando suas doutrinas insólitas.

É bom lembrar que a Sociedade Torre de Vigia já proibiu o uso de vacinas e até mesmo os transplantes de órgãos, alegando que tais procedimentos seriam o mesmo que canibalismo! Isto aconteceu entre os anos de 1960 a 1980. As Testemunhas de Jeová, sob a direção da Torre de Vigia, distorceram certos textos da Bíblia para apoiarem tais crenças. Os que desobedeciam as suas ordens eram desassociados (banidos) da seita. Mas hoje, alegando uma ‘suposta Nova-Luz de Jeová’, permitem o uso das vacinas e os transplantes. Isto mais parece uma brincadeira dantesca com as vidas de inocentes e ingênuas Testemunhas que cegamente entregam seus filhinhos, e a si mesmo, no “Altar da Torre de Vigia” que arbitrariamente decide sobre suas vidas. Mas, o que dizer das vidas que se perderam inutilmente? Quem são os culpados? Por que a lei nada faz, já que o direito à vida é inviolável e garantido na Constituição Brasileira de 1988 (Art. 5º caput) e pelo “Pacto de São José da Costa Rica” em seu Artigo 4º?

A Sociedade Torre de Vigia cinicamente tem escrito que “alguns dentre as Testemunhas de Jeová, no passado, interpretaram erroneamente alguns de seus ensinos e tomaram a decisão pessoal de recusarem as vacinações e os transplantes”. Assim, de forma hipócrita, ela foge à responsabilidade de seus próprios escritos! E o mais surpreendente é que as próprias Testemunhas de Jeová não discutem sobre a veracidade de sua declaração, pois bastaria uma simples pesquisa em suas publicações passadas para se verificar a sua culpa; mas a cegueira espiritual e a falta de liberdade de pensamento têm levado à morte e a aleijão dessa gente simples!

No Velho Testamento, vemos alguns adoradores do falso deus Moloque oferecendo seus filhos no Altar de Fogo, construído pelo rei Salomão; hoje são as Testemunhas de Jeová que oferecem seus filhos no ‘Altar de Sangue’ da Torre de Vigia (Jeremias 32: 35)!

Aquelas 26 crianças que morreram por acreditarem numa doutrina que já está mudando, e brevemente não terá mais sentido, ou que foram obrigadas por seus próprios pais, fanáticos numa Sociedade que está em constante mudança doutrinária, a entregarem suas vidas neste “Altar Macabro” de doutrinas funestas, na verdade foram covardemente induzidas ao suicídio assim como tem acontecido com outras seitas, tais como a de Jim Jones que matou mais de 900 pessoas nas Guianas; David Koresh, em Wako, EUA, que morreram queimados ao serem cercados pelo FBI; o Portal do Paraíso, que também incitou ao suicídio em massa os seus membros que esperavam ser ‘arrebatados pelo cometa de Halley’.

Desta forma, perguntamos: “Quando a Sociedade Torre de Vigia finalmente abolir esta “doutrina suicida”, pois na verdade já vemos indícios desta mudança, quem será responsabilizado por essas 26 mortes relatadas na revista Despertai de 22 de maio de 1994?” Como ficará o novo título da reportagem: “Jovens que colocaram Deus em primeiro lugar” ou “Jovens que colocaram a Sociedade Torre de Vigia em primeiro lugar”? As respostas a estas perguntas ficam ao encargo do leitor perspicaz e que preza o ‘bem maior’, a Vida! O próprio Senhor Jesus disse: “Eu vim para que tenham Vida, e vida em abundância!” (João 10:10).
P.S.: O Acordo Internacional dos Direitos Humanos, conhecido como “Pacto de São José da Costa Rica”, assinado pelo governo brasileiro, em seu Artigo 4º prevê: “toda a pessoa tem o direito de que se respeite a sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente” (grifos acrescentados).
Leia o livro “Fatos Curiosos sobre as Testemunhas de Jeová”.
Mais informações: hes.carmen@hotmail.com

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ QUERIAM QUE NOSSO BEBÊ MORRESSE

A História Íntima de uma Ex-Testemunha de Jeová da Terceira Geração


Para a pessoa comum, o nome "Testemunhas de Jeová" traz à mente um grupo de pessoas cuidadosamente vestidas, que vão de porta em porta no bairro, vendendo a revista Sentinela ou talvez um livro. Porém, quando eu penso neste nome, Testemunhas de Jeová, recordo uma vida inteira de escravidão a um culto que servi durante os primeiros 28 anos de minha vida. Meu avô se tornou uma parte da Sociedade Torre de Vigia no inicio do século 19. Meu pai é um ancião no Salão do Reino que freqüenta.
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Eu fui ensinado que as Testemunhas de Jeová eram a única verdadeira religião. É uma religião governada pela Sociedade Torre de Vigia - sediada em Brooklyn, N.Y. O conselho de controle, ou corpo governante, é composto de um punhado de homens idosos que controlam as vidas de mais de quatro milhões de pessoas. É ensinado às Testemunhas de Jeová que tudo escrito por esses líderes é como se fosse do próprio Deus, e nunca deve ser questionado. Eles acreditam que esse corpo governante recebe o que eles chamam de " nova luz", diretamente de seres angelicais, que explicam seus ensinos diferenciados. Esta informação "angelical", é passada para os "rankeados" e arquivada de forma impressa pelas matérias da Sociedade Torre de Vigia. Eles acreditam que a organização Torre de Vigia é a agência exclusiva que Deus está usando na terra. Assim, de acordo com a convicção deles, à parte da organização Torre de Vigia, as pessoas não têm nenhuma esperança. As Testemunhas de Jeová acreditam que só eles possuem o que chamam de "a verdade." Eles também acreditam que são os únicos verdadeiros cristãos, isso significa que só eles serão salvos. Todos os outros são considerados parte da "Babilônia a Grande - o império mundial da religião falsa." Todos os membros das igrejas e outros serão destruídos por Jeová Deus na batalha do Armagedon.




Eu comecei no serviço de tempo integral para a Torre de Vigia em 1971, com o encorajamento dos líderes da Torre de Vigia, após terminar a Escola secundária. Eles tinham predito o fim do mundo para acontecer em 1975. Durante esta período, milhares de Testemunhas de Jeová resgataram suas apólices de seguro, abandonaram carreiras, e venderam suas posses para gastar o curto tempo que "restava" no trabalho do ministério, antes do fim do mundo. Como um trabalhador missionário ou "pioneiro", eu fui de porta em porta tentar convencer as pessoas que elas teriam que se tornar Testemunhas de Jeová para agradar a Deus, e talvez receber a salvação.


Eu uso a palavra "talvez" porque todas as Testemunhas de Jeová não estão seguras da salvação delas. O caminho da Torre de Vigia para a salvação é baseado em trabalhos, em lugar da graça misericordiosa de Jesus Cristo, que recebemos gratuitamente por meio da fé.


O sistema de vender literaturas da Torre de Vigia de porta em porta e outras ações, coloca a Testemunha de Jeová individual em uma posição de ser salva, se ela for fiel à organização e fizer tudo que lhe é dito. Fidelidade para com a organização também envolve aderir a lista de regras e regulamentos que os anciãos da Torre de Vigia impõem com grande zelo.


A violação de qualquer regra estabelecida pelo corpo governante da Sociedade Torre de Vigia pode resultar em castigo e restrições, dependendo da ofensa. Anciãos têm o poder para anular a salvação, restringir a vida espiritual, interromper a comunicação familiar ou qualquer coisa que eles julguem necessárias para levar uma Testemunha "cabeça dura" ao arrependimento.


Cada Testemunha de Jeová tem que preencher relatórios mensais relatando aos anciãos o tempo gasto no trabalho de conversão. Os anciãos colocam a informação em um arquivo pessoal. Há arquivos mantidos de cada membro da congregação. Também são mantidos arquivos secretos que contêm informação "sensível" reportando qualquer pecado maior ou infrações de regras e hábitos pessoais de indivíduos. Estes arquivos secretos relacionados a vida privada das Testemunhas é transferido para o arquivo central na sede em Nova Iorque - EUA. Estes arquivos nunca são destruídos.


Considerando que eu vivi neste sistema por toda minha vida, eu sabia o que era esperado de mim. Eu tinha que seguir estas regras e leis para ganhar a salvação. Eu tinha ido de porta em porta desde que eu era uma pequena criança, assim, me adaptei facilmente no serviço de tempo integral.

Eu prossegui neste serviço por vários anos, mas com pouca satisfação. O fardo de manter o ritmo das cotas mensais de 100 horas, como também a cota de vender no mínimo 100 revistas e 40 livros, começou a me desencorajar. Todo este trabalho é voluntário, não é pago nenhum salário. A Testemunha tem que achar um emprego que suporte este trabalho voluntário.


Em 1973, eu fui convidado a entrar para a Sede Mundial em Brooklyn, e fazer parte da vasta equipe de trabalhadores que produzem as literaturas. Em uma carta pessoal do presidente da Sociedade Torre de Vigia, Nathan H. Knorr, ele declarou: "Adicionalmente, você vai ganhar quatro anos maravilhosos, avançado no treinamento teocrático, que é de longe, melhor do que qualquer educação secular que você possa adquirir."


Clique aqui para ver a cópia escaneada da carta enviada pelo presidente da Torre de Vigia N. H. Knorr


Com muita antecipação eu subi a bordo do avião rumo à cidade de Nova Iorque. Enquanto no avião eu recordei da inveja de todos meus amigos, já que eu ia estar vivendo com os membros do corpo governante, e principalmente, estaria no centro de toda a atividade do trabalho ao redor do mundo. Meus amigos me deram festas e presentes de despedida, parabenizando meus orgulhosos pais, por me criar tão bem na organização, que eles pudessem ver o filho deles ir para tal lugar.
Paul e Pat Blizard em frente a Sede de "Betel" 124 Columbia Heights, Brooklyn, NY - (1976) a casa de Paul durante três anos


Logo após chegar em Nova Iorque, a ilusão foi jogada para fora, quando eu fui nomeado para trabalhar na fábrica. Trabalhar duro e aprender os modos da organização, que do lado de fora era a "educação" que eu obtive na sede da Torre de Vigia. O espaço não permite detalhes do que eu experimentei enquanto passando longas horas trabalhando na oficina de encadernação de livros. Lá eu operei equipamentos para a "organização de Deus." Eu recordo a tensão mental de uma profusão de regras e regulamentos. O plano piloto dos líderes da Torre de Vigia controlava onde íamos, o que fazíamos, e como fazíamos.


Depois de passar três anos na sede, sem dinheiro para começar no mundo lá de fora (nosso pagamento era $14.00 americanos mensais), eu aprendi a realidade severa de tentar ganhar dinheiro sem ter treinamento ou habilidades. A Testemunha de Jeová é fortemente desanimada de freqüentar uma faculdade.


Eu me casei com uma boa garota Testemunha de Jeová, e nós partimos tentando agradar a Deus da melhor maneira que aprendemos. Quer dizer, nós éramos boas Testemunhas de Jeová e seguíamos todas as regras e leis. Minha esposa tinha sido uma missionária durante oito anos. Tinham lhe enviado a partes diferentes dos Estados Unidos em seu trabalho, sob a direção da Sociedade Torre de Vigia.


Depois que eu voltei para casa com um arquivo "bastante limpo" do escritório de Nova Iorque, os anciãos locais estavam me usando bastante extensivamente para ensinar da tribuna. A maioria das Testemunhas concordam que qualquer um que gastou qualquer hora na sede é especial e merecedor de maiores responsabilidades na congregação local.

Como ganhei status na congregação, eu estava sendo exposto e treinado para algumas tarefas dos anciãos locais. Alguns achavam excitante espiar membros da congregação suspeitos de estarem fazendo alguma coisa errada. Eu também obtive acesso aos arquivos da congregação, que revelava informações antigas de tudo na congregação. Eu estava sendo usado no mesmo tipo de operações encobertas, que eu já tinha visto no controle dos trabalhadores da sede.


Em meio a tudo isso, eu não pude obter qualquer satisfação ou paz. A pressão de tentar servir um Deus que é vingativo e cheio de ira é mais do que eu posso descrever. A organização sempre pintou um quadro de Jeová como um Deus pronto para "despejar vingança." Tudo que eu conheci sobre Deus foi o que eu li nas literaturas da Torre de Vigia. Sim, nós lemos a Bíblia, mas foi ensinado que se nós fizéssemos uma interpretação à parte dos ensinamentos da Torre de Vigia, seriamos apóstatas, e no final das contas seriamos destruídos por Deus.


Um amigo me apresentou um livro que foi escrito por uma ex-Testemunha de Jeová, o titulo era "Trinta Anos como Escravo da Torre de Vigia." Eu sabia que meu dever como uma boa Testemunha era delatar meu amigo aos anciãos, porque nos proibiram de ler qualquer material anti-Testemunha.


Mas em desafio, eu li o livro. O livro me perturbou grandemente, pois o autor era um anterior trabalhador da sede, e eu pude relacionar comigo muitas das coisas que ele estava dizendo. Muitas coisas que eu tinha tentado apagar de minha memória estavam surgindo novamente, e perguntas sobre a autoridade da Torre de Vigia me deixaram muito inseguro. O autor mencionou que ele tinha achado a verdade estudando a Bíblia à parte das publicações da Sociedade Torre de Vigia.


Tudo nesse tempo estava me levando a crer que Deus desejava que estudássemos sua palavra à parte de livros. Embora tivéssemos nossa própria Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, a Bíblia (traduzida pela Sociedade Torre de Vigia) e refutada pelos estudantes do hebraico e grego, como sendo uma versão parcial, inexata da Bíblia), nós compramos a versão "New American Standart Bible."


Minha esposa e eu estudamos secretamente nossa nova Bíblia, durante longas horas à noite, descobrindo que muitas das principais doutrinas que tínhamos estado dispostos a morrer, eram falsas. Eu confrontei meu pai com alguns destes assuntos. Sendo um ancião, meu pai percebeu que eu estava questionando alguns dos ensinos principais deles, e ele delatou eu e minha esposa para os anciãos, de estar dando suporte para a apostasia.

Depois de uma audiência prolongada, chorosa, nós nos arrependemos de duvidar da Sociedade Torre de Vigia e nos foi permitido permanecer como Testemunhas de Jeová, mas tiraram todas minhas responsabilidades na congregação. Eu seria observado por um período de tempo antes de servir novamente em qualquer capacidade na congregação. Todas essas informações foram anotadas em nossos arquivos.


Uma transferência profissional para outra cidade, chegou como um alívio bem-vindo. Nós esperávamos entrar em outra congregação e ter um novo começo. Mas logo a decepção veio quando nos lembramos que os detalhes de nossa tentativa estavam em nossos arquivos e nos seguiriam onde quer que fôssemos, pelo resto de nossas vidas!


Claro que, os anciãos na nova congregação, receberam nossos arquivos logo após começarmos a comparecer nas reuniões. Eles nos disseram que eles estariam nos observando durante algum tempo para ver se nossas idéias apostatas persistiriam. Eles nos advertiram que seriamos excomungados se tentássemos compartilhar tais idéias com qualquer um na congregação. Nós juramos lealdade à organização, e dissemos que não leríamos ou falaríamos sobre qualquer coisa diferente da posição da Torre de Vigia sobre a Bíblia.


Dois anos passaram. Estar debaixo do escrutínio dos anciãos nos deixaram muito vazios. Nada, nem mesmo nossas crianças que tinham trazido tanta alegria para nós, tornou nossa vida completa. Nós tivemos uma necessidade por algo mais, mas o que era exatamente nós não sabíamos. Freqüentemente bebíamos em excesso, procurando por algum tipo de alegria, mas o resultado era só o vazio.


Tendo dois garotos, nós almejamos uma menina, e esperávamos que ter uma menininha, completaria a felicidade que faltava em nossa família. No dia 10 de agosto de 1980, nasceu Jenny Leigh Blizard. Nós estávamos muito entusiasmados, mas a tragédia apareceu. Com cinco semanas, Jenny recebeu um pequeno corte em um dedo que não parava de sangrar. Os médicos locais simplesmente notaram que o sangue de Jenny não coagulava.


Eles nos enviaram para San Antonio, Texas, para tratamento da condição de Jenny. Ela foi admitida no berçário do centro médico Santa Rosa, para cuidados especiais, enquanto procurando o tratamento que faria bem para Jenny. Os doutores gastaram dias tentando alcançar um diagnostico.

Finalmente, uma equipe médica nos informou que Jenny precisava de uma transfusão de sangue emergencial para salvar sua vida. Este era um problema difícil para nós, porque a lei da Torre de Vigia não permite que qualquer Testemunha de Jeová receba sangue de qualquer forma. As Testemunhas de Jeová carregam cartões que declaram que sob nenhuma circunstância elas autorizam uma transfusão, até mesmo se isso significar a morte.


Nós pedimos aos doutores que saíssem do quarto e dissemos que logo daríamos nossa resposta. Minha esposa e eu rezamos e clamamos a Deus por respostas. Eu me lembro do pensamento; "Oh Jeová, como pode você me pedir para tomar tal decisão - um sim ou não significa se Jenny vive ou morre! Que tipo de Deus é você!" Finalmente minha esposa e eu chamamos de volta os doutores, e os informamos que tínhamos que obedecer a lei de Deus e teríamos que deixar Jenny morrer.

Os funcionários de hospital contataram o Departamento de proteção e bem estar da Criança no Texas, e um termo foi arquivado contra nós por abuso e negligência de crianças. Uma ordem de tribunal foi emitida para assegurar que Jenny receberia o sangue que ela precisava para salvar a vida dela. O Departamento do Xerife do Condado de Bexar emitiu citações contra nós e advertiu o pessoal do hospital que não nos permitisse remover Jenny do hospital. Eles sabiam muito bem que as Testemunhas de Jeová tem uma longa história de pacientes "furtados" de hospitais para evitar transfusões de sangue a todo custo.

Minha esposa e eu ficamos secretamente aliviados que Jenny receberia o cuidado que ela precisava para poupar sua vida. Sentíamos que tínhamos feito tudo que pudemos para tentar evitar uma transfusão. Nós nunca pensamos que os tribunais interviriam.

Repórteres de dois jornais de San Antonio, "O San Antonio Express/News" e "The San Antonio Light", souberam sobre Jenny e expuseram a história, entretanto, nos recusamos a falar com os repórteres. Em retrospecto, eu recomendo o trabalho deles.

Enquanto isso, amigos contataram os anciãos locais que prontamente vieram nos visitar. Eles ficaram aliviados em descobrir que ainda havia tempo para planejar um modo de tirar Jenny do hospital, antes que o sangue pudesse ser administrado.


Eu expliquei a eles que o assunto estava fora de minhas mãos e que eu estava debaixo da ordem do tribunal para não remover Jenny. Isso não importou a eles. A preocupação principal deles era tira-la do hospital.


Eu soube que Jenny morreria rapidamente se eu a removesse das máquinas que estavam a mantendo viva, e eu seria acusado de assassinato. Eu expliquei isto aos anciãos. Eles responderam, "Essa é a chance que você tem! Você não pode permitir a eles que dê seu sangue para a criança!"


Eu lhes pedi que partissem sem discussão adicional, enquanto declarando que nós não poderíamos permitir que nossa criança morresse deste jeito. "Se este é o Deus que eu sirvo, eu estou terminado com Ele."


Os anciãos deixaram o hospital bravos, vendo que não submeteríamos às demandas deles, "eu espero", disse um dos anciãos, "que ela pegue hepatite daquele sangue, só para provar que é ruim!"


Quando finalmente voltamos para casa com Jenny, as Testemunhas tinham recebido as noticias, que embora nós tivéssemos protestado à transfusão, nós "permitimos" que ela tomasse sangue. Isto nos fez os desterrados aos olhos deles. Eles não nos excomungaram porque a lei deles de expulsão, só teria se aplicado se tivéssemos dado livremente a permissão para transfusão.

Foi quando sentimos que Deus entrou. Os cristãos locais vieram em nossa casa e nos ajudaram com o preparo da comida e ajuda útil. O testemunho vivo destas pessoas afetou minha esposa e eu, tanto que decidimos começar a estudar a Bíblia novamente.

Esses meses de intenso estudo em segredo da Bíblia nos levaram a concluir que tínhamos vivido uma mentira. Nós tínhamos estado em escravidão a um sistema de interpretação das escrituras que silenciava qualquer pensamento individual. Nos assuntos e pontos doutrinais que eu tive tanta dificuldade, a Bíblia era clara. Eu li a Bíblia inteira em contexto, sem a ajuda de livros ou revistas para me instruir.

O resultado deste estudo foi que percebemos que tudo que precisamos para a Salvação é fé no Senhor Jesus Cristo. Nós também percebemos que Ele é um Deus de amor.


Uma noite, minha esposa e eu seguramos nossas mãos e dedicamos nossas vidas ao Senhor Jesus Cristo. De repente, sentimos uma liberação em nosso espírito, uma liberação que trouxe liberdade e salvação. Nós estávamos, como disse Jesus: "nascidos de novo." Eu nunca tinha tido um sentimento como este em todos as milhares de horas que eu tinha gasto me esforçando para agradar Deus como uma boa Testemunha de Jeová. Soubemos que fomos mudados. Nós éramos uma " nova criação." Como o apóstolo João disse: "Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna." (I João 5:13)

Claro que, nós fomos prontamente desassociados da religião das Testemunhas de Jeová. Pelas leis da excomunhão, nós não podemos ter contato com qualquer membro de nossa família e amigos de longos anos que estão dentro da organização. Não será permitido que nossos próprios pais e membros familiares assistam nossos funerais. De acordo com a lei da Torre de Vigia, somos considerados mortos. Qualquer Testemunha que for vista falando conosco, estará sujeita a ação judicial, inclusive desassociação.


Em conclusão, devo dizer que nós não estamos mortos, mas bem vivos. Sim, nós estamos mortos para um modo anterior de vida, mas vivos em Jesus Cristo, cheios do Espírito Santo e de poder, salvos pelo sangue do Cordeiro!


Em conclusão, a condição de Jenny era mais séria que uma transfusão pudesse curar permanentemente. As transfusões dadas a ela enquanto criança, prolongaram sua vida, mas no dia 3 de Março de 1987, nossa Jenny de seis anos foi para casa para estar com Deus.


Na lápide de Jenny está escrito: Mensagem especial de Deus." Nós acreditamos que ela era verdadeira. Por sua doença e vida breve, nós chegamos a reconhecer a decepção na Sociedade Torre de Vigia, professamos e recebemos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e compartilhamos este conhecimento de remissão com as Testemunhas de Jeová ao redor do mundo.

Além disso, durante os 39 dias finais de Jenny no Centro Médico para crianças em Dallas, minha esposa e eu gastamos muito de nosso tempo rezando e testemunhando sobre Cristo com famílias de crianças doentes e em estado terminal no hospital.


Finalmente, alguns detalhes do funeral de Jenny atestam a natureza má da Sociedade Torre de Vigia e do controle que ela tem de seus membros. No funeral de Jenny, as primeiras quatro fileiras de cadeiras na igreja estavam reservados para membros familiares. As filas restantes das cadeiras estavam abertas à família da igreja e as pessoas da comunidade. Pessoas de toda parte vieram compartilhar nossa aflição pela perda desta pequena criança. Porém, as cadeiras reservadas para a família de Jenny estavam ocupados por apenas quatro pessoas - eu, minha esposa Pat, e os dois irmãos de Jenny. Nenhum outro membro familiar assistiu ao funeral. Não lhes foi permitido pelos lideres da Torre de Vigia. A insensibilidade mostrada pela Sociedade Torre de Vigia proibindo os parentes de assistirem o memorial é deplorável. Porém, nossa oração é que por nosso testemunho, que esses que se encontram em escravidão religiosa acordarão para a liberdade somente encontrada na pessoa de Jesus Cristo.

Me deixe encorajar qualquer pessoa que esteja pensando nas "perdas" se eles abandonarem a Torre de Vigia para seguir a Jesus Cristo. Há um preço a pagar, há um custo. Sim, o amigos Testemunha de Jeová não falarão mais com você, talvez até mesmo sua própria família passe a considera-lo como órfão. Porém, se você der sua vida a Jesus Cristo, você terá um Pai divino que proverá todas suas necessidades! O Salmo 27:10 diz "Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá." Considerando que nós deixamos a Sociedade Torre de Vigia, nós fizemos centenas de amigos maravilhosos e temos uma família na igreja que nos ama. Você é abençoado de maneiras que não poderia imaginar. Um texto da Bíblia que se tornou especial para nós recentemente é, Jó 42:10: "O SENHOR, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu a Jó o dobro do que antes possuía." Sim, a perda de uma criança é devastadora, porém nós recebemos uma bênção em dobro. Em dezembro de 2002, nós adotamos gêmeas órfãos da Rússia. Nossas novas filhas são verdadeiramente presentes de Deus. Confie em Deus, acredite Nele, e O deixe tomar conta dos detalhes!

Primeira fotografia com nossas filhas gêmeas : Orfanato de Kalinina
Vyborg, Rússia, Dezembro de 2002 ©2004 -
* Paul Blizard